Década de 60
1962 Livro “ Primavera Silenciosa” de Rachel Carson - alertava
sobre os efeitos danosos de inúmeras ações humanas sobre o ambiente, como por
exemplo o uso de pesticida.
1968 Nasce o Conselho para Educação Ambiental , no Reino Unido.
Neste mesmo ano, surge o Clube de Roma que em 1972, produz o relatório “Os Limites
do Crescimento Econômico” que estudou ações para se obter no mundo um
equilíbrio global como a redução do consumo tendo em vista determinadas
prioridades sociais.
Década de 70
1970 Entidade relacionada à revista britânica The Ecologist elabora
o “Manifesto para Sobrevivência” onde insistiam que um aumento indefinido de
demanda não pode ser sustentado por recursos finitos.
1972 Conferência das Nações sobre o Ambiente Humano, em Estocolmo.
Os principais resultados formais do encontro constituíram a Declaração sobre o
Ambiente Humano ou Declaração de Estocolmo que expressa a convicção de que
“tanto as gerações presentes como as futuras, tenham reconhecidas como direito
fundamental, a vida num ambiente sadio e não degradado”(Tamanes - 1977). Ainda
como resultado da Conferência de Estocolmo, neste mesmo ano a ONU criou um
organismo denominado Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA,
sediado em Nairobi. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul criou o
primeiro curso de pós-graduação em Ecologia do país.
1975 Em resposta às recomendações da Conferência de Estocolmo, A
UNESCO promoveu em Belgrado (Iugoslávia) um Encontro Internacional em Educação
Ambiental onde criou o Programa Internacional de Educação Ambiental - PIEA que
formulou os seguintes princípios orientadores: a Educação Ambiental deve ser
continuada, multidisciplinar, integrada às diferenças regionais e voltada para
os interesses nacionais. Carta de Belgrado - constitui um dos documentos mais
lúcidos e importantes gerados nesta década. Fala sobre a satisfação das
necessidades e desejos de todos os cidadãos da Terra. Propõe temas que falam
que a erradicação das causas básicas da pobreza como a fome, o analfabetismo, a
poluição, a exploração e dominação, devam ser tratados em conjunto. Nenhuma
nação deve se desenvolver as custas de outra nação, havendo necessidade de uma
ética global. A reforma dos processos e sistemas educacionais é central para a
constatação dessa nova ética de desenvolvimento. A juventude deve receber um
novo tipo de educação que requer um novo e produtivo relacionamento entre
estudantes e professores, entre escolas e comunidade, entre o sistema
educacional e sociedade. Finaliza com a proposta para um programa mundial de
Educação Ambiental.
1977 Realizada a Conferência Intergovernamental de Educação
Ambiental em Tbilisi (exURSS) organizada pela UNESCO com a colaboração do
PNUMA. Foi o ponto culminante da primeira fase do Programa Internacional de
Educação Ambiental, iniciado em 1975. Definiu-se os objetivos, as
características da EA, assim como as estratégias pertinentes no plano nacional
e internacional. No Brasil, o Conselho Federal de Educação tornou obrigatória a
disciplina Ciências Ambientais em cursos universitários de Engenharia. 1978 Os
cursos de Engenharia Sanitária já inseriam as matérias de Saneamento Básico e
Saneamento Ambiental.
1979 Realização do Seminário de Educação Ambiental para América
Latina realizado pela UNESCO e PNUMA na Costa Rica. O departamento do Ensino
Médio/MEC e a CETESB publicam o documento “Ecologia - Uma proposta para o
Ensino de 1º e 2º graus”. Década de 80 1985 Parecer 819/85 do MEC reforça a
necessidade da inclusão de conteúdos ecológicos ao longo do processo de
formação do ensino de 1º e 2º graus, integrados a todas as áreas do
conhecimento de forma sistematizada e progressiva, possibilitando a “formação da
consciência ecológica do futuro cidadão”.
1987 Estratégia Internacional de ação em matéria de educação e
formação ambiental para o decênio de 90 - documento final do Congresso
Internacional sobre Educação e Formação Relativas ao Meio-ambiente, realizado
em 1987 em Moscou, Rússia, promovido pela UNESCO. Ressalta a importância da
formação de recursos humanos nas áreas formais e não formais da EA e na
inclusão da dimensão ambiental nos currículos de todos os níveis. Plenário do
Conselho Federal de Educação aprovou por unanimidade, a conclusão da Câmara de
Ensino a respeito do parecer 226/87 que considerava necessária a inclusão da
Educação Ambiental dentre os conteúdos a serem explorados nas propostas
curriculares das escolas de 1º e 2º graus, bem como sugeria a criação de
Centros de Educação Ambiental. A UNESCO/PNUMA realizou em Moscou o Congresso
Nacional sobre Educação e Formação Ambientais - UNESCO/PNUMA onde foram
analisadas as conquistas e dificuldades na área de EA desde a conferência de
Tbilisi e discutido uma estratégia internacional de ação em educação e formação
ambientais para a década de 90. 1988 Constituição da República Federativa do
Brasil dedicou o Capítulo VI ao Meio Ambiente e no Art. 225, Inciso VI,
determina ao “... Poder Público, promover a Educação Ambiental em todos os
níveis de ensino...” Realização do Primeiro Congresso Brasileiro de Educação
Ambiental no Rio Grande do Sul. Realização do Primeiro Fórum de Educação
Ambiental promovido pela CECAE/USP, que mais tarde foi assumido pela Rede
Brasileira de Educação Ambiental.
1989 Realização da 3º Conferência Internacional sobre Educação
Ambiental para as Escolas de 2º Grau com o tema Tecnologia e Meio Ambiente, em
Illinois/USA.
Década de 90
1990 A Declaração Mundial sobre Educação para Todos: Satisfação
das Necessidades Básicas de Aprendizagem, aprovada na Conferência Mundial sobre
Educação para Todos, realizada Jontien, Tailândia, de 5 a 9 de março de 1990,
reitera: “confere aos membros de uma sociedade a possibilidade e, ao mesmo
tempo, a responsabilidade de respeitar e desenvolver a sua herança cultural,
linguística e espiritual, de promover a educação de outros, de defender a causa
da justiça social, de proteger o meio ambiente....”
1992 Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, RIO
-92. O MEC promoveu em Jacarepaguá um workshop com o objetivo de socializar os
resultados das experiências nacionais e internacionais de EA, discutir
metodologias e currículos. Do encontro resultou a Carta Brasileira para a
Educação Ambiental. 1993 Portaria 773/93 do MEC, institui em caráter permanente
um Grupo de Trabalho para EA com objetivo de coordenar, apoiar, acompanhar,
avaliar e orientar as ações, metas e estratégias para a implementação da EA nos
sistemas de ensino em todos os níveis e modalidades - concretizando as
recomendações aprovadas na RIO -92.
1997 Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade:
Educação e Consciência Pública para a Sustentabilidade – Thessaloniki,1997 onde
houve o reconhecimento que, passados cinco anos da Conferência Rio-92 , o
desenvolvimento da EA foi insuficiente. Entretanto esse encontro foi
beneficiado pelos numerosos encontros internacionais realizados em 1997, na
Índia, Tailândia, México , Cuba, Brasil, Grécia entre outras.
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