terça-feira, 30 de abril de 2013

Aulas de História 4º Nível EJA 1º Bimestre


1 - ORIGEM DO HOMEM
Os mais antigos antepassados do homem surgiram na Terra há mais de 1 milhão de anos. Deixaram vestígios, em vários pontos do planeta, que testemunham sua vida (são os fósseis).
Exemplos de hominídeos: Australopithecus, Homo erectus, Ho­mo hablis. Mais próximo de nós está o Homem de Neanderthal, que viveu entre 75 e 45 mil anos antes de Cristo. Os primeiros homens modernos (Homo sapiens sapiens) viveram nos últimos 50 mil anos.

CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DO HOMEM
A consciência reflexiva é a característica essencial do homem, diferenciando-o dos demais animais. Foram três os fatores biológicos que favoreceram o desenvolvimento da consciência: posição ereta permanente, desenvolvimento do cérebro e libe­ração das mãos.

PERÍODOS DA PRÉ-HISTÓRIA
Divisão em três grandes períodos: Idade da Pedra Lascada (Paleolítico), Idade da Pedra Polida (Neolítico) e Idade dos Metais .
Idade da Pedra Lascada (600 mil a 10 mil a.C.): homem nômade; invenção dos primeiros instrumentos; utilização do fogo.
Idade da Pedra Polida (começa por volta de 10 mil a.C.): iniciam-se o cultivo de plantas e a domesticação de animais; homem vai-se tornando sedentário; invenç­ão da roda; desenvolvimento da cerâmica .
Idade dos Metais (inicia-se por volta de 4 mil a.C. e vai até o aparecimento da escrita): pode ser dividida em três fases distintas (Idade do Cobre, Idade do Bronze e Idade do Ferro). O cobre foi o primeiro metal a ser fundido pelo homem. De­pois, misturando o cobre com o estanho, o homem obteve o bronze. Por último, surgiu a metalurgia do ferro.

ARTE PRÉ-HISTÓRICA
Na arte pré-histórica, merecem destaque os monumentos em pedra (menires e dolmens) e a pintura rupestre (gravada na pedra).



2 EGITO
CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS
Possui três características principais: é um oásis, no meio do grande deserto do Saara; tem um clima muito árido; é dez vezes mais comprido do que largo. O Rio Nilo fornece ao Egito água e terra arável, através de inundações periódicas. Construindo canais de irrigação, os egípcios conseguiram tirar o máximo proveito das cheias do Rio Nilo.
ORGANIZAÇÃO POLÍTICA
A tendência à centralização do poder acabou predominando na longa história política do Egito. A administração forte e centralizada dos faraós fez do Egito uma sociedade politicamente estável e contínua.
O Egito passou por quatro grandes fases:
Período Pré-dinástico: vai desde o aparecimento dos primeiros povos no Egito, agru­pados em nomos, até a unificação do Baixo e do Alto Egito, por Menés;
Antigo Império: teve como capital Tínis e, posteriormente, Mênfis. Nesse período, organizou-se a administração dos faraós e foram construídas as grandes pirâmides;
Médio Império (2160 a 1730 a.C.): tinha a capital em Tebas, sendo um período de pros­peridade econômica e cultural. Terminou com a invasão dos hicsos;
Novo Império (1580 a 1085 a.C.): teve início com a expulsão dos hicsos, sendo, tam­bém, o início da expansão militar do Egito. A partir de 1085, o Egito entrou num pro­cesso de lenta e gradual decadência.

VIDA ECONÔMICA
Agricultura: atividade básica da economia egípcia. Principais produtos: cevada, trigo, legumes, linho, algodão e papiro. As inundações do Nilo e os canais de irrigação garantiam a fertilidade do solo.
Comércio: adquiriu grande importância a partir do ano 2000 a.C .. Principais produtos exportados: trigo, tecido de linho e cerâmica. Produtos importados: marfim, madeira, perfumes e metais preciosos.
Ação do Estado: o Estado egípcio interferia na vida econômica, administrando empresas, controlando o comércio exterior e sendo senhor de propriedades agrícolas.

ESTRUTURA SOCIAL
A sociedade estava dividida em seis grandes classes sociais: sacerdotes, nobreza, escribas, militares, mercadores, artesãos e camponeses e escravos. O faraó e sua família ocupavam o ponto mais alto da hierarquia social.
VIDA RELIGIOSA
A religião influenciava todos os setores da vida egípcia, tendo um caráter politeísta. culto oficial, destacava-se a crença no deus Amon-Rá. No culto popular, destacava-se a devo­ção a Osíris, a Ísis e a Hórus. A mumificação dos mortos tinha um sentido religioso: preservar o corpo, tendo em vista uma futura ressurreição.
VIDA CULTURAL
Os egípcios deixaram grande legado cultural no campo das ciências e das artes. Exemplos desse legado podem ser encontrados na arquitetura, pintura, escultura, medicina, astronomia, matemática, química etc.            

3 MESOPOTÂMIA
Mesopotâmia, em grego, significa terra entre rios. A expressão refere-se à região do Oriente Médio que se encontra entre os rios Tigre e Eufrates. Ali viveram importantes povos da Antiguidade, culturalmente agrupados sob a denominação de civilização mesopotâmica.
SUMÉRIOS (3500 a 2550 a.C.)
Primeiros povos a se desenvolver na Mesopotâmia, na parte sul, por volta de 3500 a.C.
Principais cidades sumérias: Ur, Uruk, Nipur, Lagash e Eridu. Alcançaram grande desenvol­vimento cultural (escrita, leis, construção de canais etc.). A Suméria nunca teve uma unidade política. Por volta de 2550 a.C., os sumerianos foram dominados pelos acádios. O império acádio formado teve curta duração (até 2200 a.C.).
OS PRIMEIROS BABILÔNIOS (2000 a 1650 a,C.)                                                        Por volta de 2000 a,C. os amoritas, originários da Arábia, invadiram a Mesopotâmia e fundaram a cidade de Babilônia. Por isso, ficaram conhecidos como babilônios. Hamurabi foi o mais famoso rei dos babilônios. Estendeu o domínio do seu império até o norte da Assí­ria e mandou elaborar um código jurídico com leis escritas (Código de Hamurabi).
OS ASSÍRIOS (1200 a 612 a.C,)
Povo guerreiro que formou um grande império, tendo como capital a cidade de Nínive.
Principais reis: Sargão, Senaquerib e Assurbanipal. Conquistaram a Síria, a Fenícia, a Pales­tina e o Egito. Rebeliões internas enfraqueceram o Império Assírio, até que os caldeus e me­dos destruíram a capital assíria (612 a.C.).
OS SEGUNDOS BABILÔNIOS (612 a 539 a.C.)
O principal rei dos babilônios foi Nabucodonosor, que remodelou a cidade de Babilônia, tornando-a uma das mais belas e luxuosas cidades antigas. Nabucodonosor conquistou Jerusalém (586 a.C.), submetendo o povo hebreu. Em 539 a.C., os persas conquistaram a Babilônia.  

VIDA ECONÔMICA E SOCIAL
Agricultura: uma das principais atividades econômicas da região. Para aproveitar as cheias dos rios Tigre e Eufrates, construíram-se canais de irrigação. Principais produtos: trigo, ce­vada, arroz e legumes.
Comércio: a excelente localização da Mesopotâmia favoreceu o desenvolvimento do comér­cio. Principais produtos de exportação: lã, cereais e tecidos. Produtos de importação: me­tais preciosos, marfim e madeira.
Sociedade: a Mesopotâmia, devido à variedade de povos que dominaram a região, teve diferentes organizações sociais. De modo geral, entretanto, foi mantida a seguinte estrutura básica: rei (no alto da hierarquia social), homens livres (pessoas que se dedicavam a diversas atividades: comércio, artesanato, agricultura, pastoreio, sacerdócio e exército) e escravos (geralmente capturados em guerra, desempenhavam as mais diversas atividades).


VIDA CULTURAL
Religião: os povos mesopotâmicos eram politeístas. Principais deuses: Anu, Ishtar, Sha­mash e Marduk. Quando uma cidade dominava outra, também costumava impor seu deus.
Artes e Ciência: os mesopotâmios produziram grandes obras nos campos das artes e das ciências. Nas artes, destacam-se a arquitetura e a escultura. Nas ciências, deixaram grandes contribuições na matemática, astronomia, escrita, direito e medicina.

 4 -Império Persa

O Império Persa formou-se, por volta da metade do século VI a.C., sob a liderança de Ciro (541 a.C.). Inicia-se com Ciro a expansão do Império, sendo conquistadas a Ásia Menor e toda a Mesopotâmia. Dario I (521 a.C.) estende ainda mais os domínios persas. Em 330 a.C. o Império Persa é conquistado,  por Alexandre Magno durante o reinado de Dario III

ADMINISTRAÇÃO
Dario I notabilizou-se por ter organizado uma eficiente estrutura admi­nistrativa para o Império Persa. Dividiu-o em províncias (satrápias), contro­ladas por administradores de confiança do rei (sátrapias). Para melhorar a comunicação no Império, foram construídas grandes estradas e criado o ser­viço de correios. Para facilitar as transações comerciais, Dario mandou cu­nhar moedas de ouro e prata (dáricas).
VIDA CULTURAL
Fundada por Zoroastro, a religião persa é uma das contribuições mais originais dessa cultura. Exposta no Avesta, a doutrina de Zoroastro prega uma incessante luta entre Ormuz, deus do bem, e Arimã, deus do mal.
Nas artes, os persas não se distinguiram pela originalidade, mas assimilaram ele­mentos dos mesopotâmios e dos egípcios e trabalharam sob essas influências.
Na arquitetura revelaram seu talento, construindo belos palácios (Persépolis e Susa).

 5- OS HEBREUS
Por volta do ano 2000 a.C. os hebreus, chefiados por Abraão, estabeleceram-se na Palestina. Viveram nessa região por três séculos, até que uma terrível seca obrigou-os a emigrar para o Egito, onde permaneceram por cerca de quatro séculos. Ao final desse período, foram perseguidos pelos faraós e obrigados a fugir (Êxodo). De volta à Palestina, aproximadamente no ano 1000 a.C., os hebreus consolidaram seu Estado, adotando o regime mo­nárquico. Saul foi seu primeiro rei, vindo depois dele Davi e Salomão. De­pois da morte de Salomão, em 926 a.C., ocorreu a divisão dos hebreus em dois reinos: um ao Norte, denominado Israel, e outro ao Sul, denominado Judá. Em 587 a.C., Nabucodonosor II conquistou e destruiu Jerusalém, aprisionando os hebreus. Em 70 d.C. a capital dos hebreus, Jerusalém, foi novamente destruída pelos romanos, tendo início à dispersão dos hebreus pe­lo mundo (Diáspora).

ORGANIZAÇÃO POLÍTICA
A princípio, os hebreus eram chefiados por líderes denominados pa­triarcas (Abraão, Isaac, Jacó, Moisés). Posteriormente, a liderança do povo hebreu foi desempenhada pelos juízes, que eram chefes militares e políticos (Gedeão, Sansão, Samuel). Somente por volta do ano 1010 a.C. os hebreus adotaram a monarquia, tendo como reis Saul, Davi, Salomão.

RELIGIÃO DOS HEBREUS
Ao contrário das religiões da Antiguidade, que eram politeístas, os he­breus eram monoteístas, isto é, acreditavam na existência de um único Deus (Iavé). A doutrina básica da religião dos hebreus (o judaísmo) encontra-se na Torá, que corresponde aos livros do Pentateuco, contido no Velho Testamento da Bíblia

6 - CRETENSES 

FORMAÇÃO DOS CRETENSES
A civilização cretense desenvolveu-se na Ilha de Creta, a partir de 3000 a.C .
Costuma-se dividir a história de Creta em quatro grandes períodos: o primeiro inicia-se no ano 3000 a.C., marcando o início das pequenas comunidades cretenses e da atividade marítima; o último período, que termina em 1200 a.C., é marcado pela invasão de Creta pelos aqueus, povo bárbaro de origem grega.

VIDA ECONÔMICA E SOCIAL
Agricultura: Foi a primeira atividade econômica dos cretenses, sendo baseada no cultivo de vinhas, oliveiras e cereais.
Comércio marítimo: Os cretenses foram um dos primeiros povos da Antiguidade a exercer grande domínio sobre as rotas marítimas do Mar Mediterrâneo, criando um verdadeiro império marítimo. Através do comércio marítimo, os cretenses vendiam seus delicados trabalhos de artesanato cerâmico e metalúrgico .
Sociedade: As condições de vida social em Creta foram das menos opressivas de toda a Antiguidade. A escravidão jamais chegou a ser importante para a vida eco­nômica. As mulheres não sofriam o peso da discriminação social, podendo exer­cer inúmeras atividades públicas. Os cretenses dedicavam-se a diversos jogos atlé­ticos e esportivos e eram admiradores dos espetáculos teatrais.

VIDA CULTURAL
Religião: A principal característica da religião cretense era seu caráter matriarcal, já que cultuavam principalmente uma deusa e não um deus. A principal divindade era a Deusa-Mãe, considerada fonte da vida e da fecundidade. Além da Deusa-­Mãe, os cretenses adoravam animais, como o touro, as árvores, tidas como sagradas, e objetos, como a cruz.
Arte: Os cretenses revelaram grande brilho e originalidade no setor artístico, pro­duzindo extraordinárias obras de pintura, escultura e arquitetura.
Ciências: Os cretenses tinham grandes conhecimentos de engenharia e matemática. Construíram belas e amplas estradas e desenvolveram eficiente sistema de canalização de água e esgotos.

 7 -FENÍCIOS 
FORMAÇÃO DOS FENÍCIOS E ORGANIZAÇÃO POLÍTICA
Os fenícios desenvolveram-se a partir do ano 3000 a.C., numa região estreita do litoral do Mar Mediterrâneo, onde hoje situam-se o Líbano e a Sí­ria. Principais cidades: Ugarit, Biblos, Sidon e Tiro. Cada cidade fenícia ti­nha um governo independente, exercido por dois sufetas. As cidades rivalizavam-se entre si pela disputa de mercados para seus produtos.

VIDA ECONÔMICA
A base da atividade econômica fenícia era o comércio marítimo, impulsionado pelo artesanato (peças de madeira, metal e marfim) e pela produção de tecidos, armas e cerâmicas.

VIDA CULTURAL
A grande contribuição cultural dos fenícios às futuras gerações foi a invenção do alfabeto (composto de 22 sinais, representando as letras consoan­tes). No campo das ciências, os fenícios desenvolveram conhecimentos essen­cialmente ligados à atividade comercial (engenharia náutica e astronomia, para orientar os navegadores). A religião fenícia era politeísta (principais deuses: Baal, Melkart e Astarte) e marcada por rituais trágicos (sacrificavam pessoas e animais).

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