Primeiro Reinado (1822-1831)
Consolidação da Independência:
Conflitos militares: Bahia, Maranhão, Piauí, Grão-Pará e Cisplatina. Império: recrutamento de mercenários estrangeiros. 1823: todos focos de resistência eliminados.
Transição sem abalos: sem maiores alterações na ordem social e econômica.
Reconhecimento: EUA em 1824 (Doutrina Monroe); Portugal e Inglaterra em 1825. Empréstimo de 2 milhões de libras com Inglaterra → Indenizar Portugal.
Atenção: não havia uma elite política homogênea com um projeto claro
para a nova nação. Os conflitos político-militares do período
regencial evidenciam as disputas pelo poder!
2ªAULA
Constituinte:
Assembléia Constituinte: “partido” liberal-radical excluído; “portugueses” (absolutismo: executivo forte; intenções recolonizadoras) x “brasileiros” (limitação do poder do imperador;
sentimento antilusitano).
Assembléia dissolvida pelo Imperador com ajuda do Exército.
Constituição Outorgada de 1824: monarquia constitucional hereditária; Padroado; 4 poderes: moderador, legislativo, judiciário e executivo; voto indireto e censitário (analfabetos votavam); assegurava direitos
individuais: liberdade de pensamento e manifestação, “liberdade” religiosa.
Confederação do Equador (1824):
Foco em Pernambuco: reação ao centralismo imperial; revolução republicana e separatista; ampla mobilização popular; Frei Caneca; questão da escravidão: ponto de ruptura entre os revoltosos.
Revolução duramente reprimida após dois meses.
3ª AULA
Abdicação de Dom Pedro I:
Crise financeira: déficit comercial com a Inglaterra; dívida externa; contratos comerciais de 1827: compromisso de acabar com o tráfico de escravos em 1830 → desagradou aos proprietários rurais.
Direitos individuais não cumpridos; perseguições políticas.
Ameaça recolonizadora; cargos e ministérios: preferência para os lusos; rivalidades entre lusos e brasileiros: “noite das garrafadas”.
Guerra na Cisplatina: recrutamento forçado, impopular.
Interesse de Dom Pedro I no trono português: disputa com o irmão Miguel → Guerra Civil em Portugal.
Abdicação em 7 de abril de 1831.
4ª AULA
Período Regencial (1831-1840)
Unidade territorial ameaçada; disputas entre centralização e descentralização do poder; abdicação representa vitória dos liberais moderados (nacionalização da independência); consolidação do Estado
nacional.
Grupos políticos: liberais exaltados ou “farroupilhas”; restauradores ou “caramurus”; liberais moderados.
Reformas institucionais liberalizantes → Durante as duas regências
Trinas e a regência una do Padre Feijó:
Código do Processo Penal (1832).
Ato Adicional de 1834: instituiu a Regência Una; princípios federalistas; Assembléias Legislativas Provinciais (maior autonomia para as províncias); extinção do Conselho de
Estado.
Guarda Nacional: manter a ordem local.
5ª AULA
Revoltas Provinciais :
Cabanagem: liderança de Eduardo Angelim, rebelião popular; dura repressão.
Sabinada: liderança de Sabino Barroso, ideias federalistas e republicanas, derrotada pelo governo.
Balaiada: revolta popular, reprimida.
Guerra dos Farrapos: concorrência do charque platino, liderança das elites estancieiras, República de Piratini, liderança de Bento Gonçalves, paz sem punições para os gaúchos.
Revolta dos Malês (1835): revolta de escravos muçulmanos em Salvador; reprimidos.
Regência de Araújo Lima (1837-1840) → Regresso: “Lei de Interpretação” (1840) do Ato Adicional; reforma do Código do Processo.
Golpe da Maioridade: promovido pelos liberais.
6ª AULA
Segundo Reinado (1840-1889)
Política :
Consolidação da Monarquia centralizadora:
Revoltas Liberais de 1842: SP e MG.
Revolução Praieira (1848): antilusitana; contra os conservadores que controlavam a província;
vinculação de algumas ideias “socialistas”.
“Parlamentarismo”: acordo tácito entre as elites políticas.
Liberais e conservadores: rodízio no poder.
Restauração do Poder Moderador; amplos poderes para o imperador intervir no Legislativo.
“Parlamentarismo às avessas”.
“Nada mais conservador que um liberal no poder. Nada mais liberal que um conservador na
oposição.”
7ª AULA
Estrutura socioeconomia :
Economia cafeeira: principal produto de exportação depois de aproximadamente 1830; descolocou definitivamente o pólo dinâmico do país para o Centro-Sul.
-Inicialmente: Vale do Paraíba (auge 1850); Barões do Café (base social de apoio da Monarquia); decadência devido à falta de terras produtivas
-Depois: Oeste Paulista; “Burguesia do Café”; disponibilidade de terras; arado e despolpador;
imigrantes; rede de núcleos urbanos.
Tráfico de escravos:
Aumento do tráfico depois da independência: cativos para lavouras cafeeiras do Vale do Paraíba.
Pressões inglesas: lei de 1831 “para inglês ver” → apego à escravidão pelos grupos dominantes pois: 1)
ainda não havia alternativa viável; 2) inexistência de rebeliões generalizadas.
Bill Aberdeen: navios ingleses poderiam prender navios negreiros.
Lei Eusébio de Quiros 1850: extinção do tráfico. Por que a lei pegou? Incremento da pressão inglesa;
mercado interno de cativos abastecido; fazendeiros fluminenses endividados com traficantes.
Fim do tráfico atlântico: incentivo ao tráfico interprovincial → do Nordeste para as regiões
cafeeiras.
8ª AULA
Modernização capitalista: fim da importação de escravos libera capitais; acumulação de capitais (exportação de café); diversificação econômica: investimentos em indústrias, bancos, empresas de transportes, investimentos estrangeiros na infraestrutura do país (ferrovias). Figura emblemática: Barão de Mauá.
Imigração:
Lei de Terras 1850: terras públicas vendidas e não doadas; evitar acesso à terra aos futuros imigrantes.
Inicialmente: sistema de parceria → fracassou.
A partir de 1871: imigração subsidiada.
Chegada em grande número a partir da década de 1880: portugueses, italianos, espanhois, alemães.
9ª AULA
Política Externa :
Guerra contra Oribe e Rosas → década de 1850.
Guerra do Paraguai (1864-1870):
Diversas interpretações:
- Versão tradicional brasileira: exaltação dos heróis militares brasileiros (Caxias e Tamandaré); Solano Lopez → megalomaníaco.
- Paraguaia: país independente atacado por agressivos vizinhos; glorificar no presente o
ditador Stroessner do partido colorado.
- Historiografia de esquerda (1960-70): conflito fomentado pelo imperialismo inglês.
- Interpretações recentes: dinâmica própria das relações internacionais dos países latinoamericanos.
Consequências da guerra: destruição do Paraguai; no Brasil: emergência do Exército, dívida externa,
impopularidade da Monarquia.
10ª AULA
Crise do Segundo Reinado (1870-1889) :
Fatores secundários:
Fim da escravidão: Lei do Ventre Livre (1871); forte movimento abolicionista a partir de 1880; Lei dos Sexagenários ou Lei Saraiva-Cotejipe (1885); Abolição em 13 de maio de 1888.
Grande número de negros livres e libertos no final do Império: 1872 → 73% da população negra,
representando 43% da população total do país.
Monarquia perde apoio dos Barões do Vale do Paraíba → ferrenhos escravocratas.
A Abolição não significou efetiva integração do negro como cidadão.
Questão Religiosa: tensão entre Estado e Igreja → Bispo de Olinda (ordens papais) → restrições à maçonaria.
Fatores principais:
Republicanismo: fundação do Partido Republicano Paulista em 1873 (defesa do federalismo); no Rio de Janeiro não chegou a se formar um partido.
Base social: burguesia cafeeira, profissionais liberais, jornalistas e outras figuras do meio urbano.
Questão Militar: Exército sai fortalecido enquanto instituição da Guerra do Paraguai → reivindica maior prestígio e atenção do governo. Clube Militar: liderança de Deodoro da Fonseca na defesa dos interesses militares.
Influência das ideias positivistas: desenvolvimento técnico; executivo forte; modernização
conservadora.
11ª AULA
Queda da Monarquia:
Em 15 de novembro de 1889, Deodoro marcha para o Ministério da Guerra; o movimento foi
basicamente militar e em defesa dos interesses militares; com incentivo e apoio dos republicanos.
Intenção de Deodoro: derrubar o ministério ou a Monarquia? Proclamar a República? Diz-se que a
monarquia caiu de madura;
Não houve participação popular: “O povo assistiu a tudo bestializado”.
Após a queda, disputas pelo poder:
Militares: poder executivo forte, unidade nacional, pouca autonomia provincial.
Republicanos: federalismo (inspirado nos EUA e modelo que triunfou na Constituição de 1891 autonomia provincial.
A proclamação da República não significou ampliação dos direitos da cidadania!
EXERCÍCIO
MARQUE APENAS UMA ALTERNATIVA
1) A Constituição de 1824 estabeleceu 4 poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador. Este último era exercido pelo (pela)
A( ) Senado; B( ) Imperador; C( ) Igreja; D( ) Supremo Tribunal Federal.
2)Logo após abdicação de D. Pedro I, governou o Brasil:
(A) a Regência Trina Permanente; (C) a Regência de Araújo Lima;
(B) a Regência Trina Provisória; (D) D. Pedro II.
3)A alteração na Constituição de 1824, conhecida como Ato Adicional de 1834, estabeleceu, dentre outras, a seguinte medida:
(A) adoção do voto universal; .(C) criação do Município Neutro;
(B) criação da Regência Trina (D)separação da Igreja do Estado;
4)Na Segunda metade do século XIX, o Brasil alcançou acentuado progresso econômico decorrente dos efeitos das Tarifas Alves Branco, pois estimulou a:
(A) importação em larga escala; (C) imigração europeia;
(B) instalação de fábricas em nosso país; (D)importação de escravos africanos.
5)Todos os fatores abaixo contribuíram para as transformações econômicas, ocorridas no Segundo Reinado. EXCETO:
(A) abolição do tráfico de escravos; (C) expansão da lavoura cafeeira;
(B) adoção de uma política protecionista D) Tratado de comércio com a Inglaterra
6)No século XIX a mão-de-obra do imigrante italiano, nas terras roxas de São Paulo, foi a força responsável pelo cultivo do (a):
(A) soja; (C) feijão;
(B) milho; (D) café;
7) Durante o Império, o desenvolvimento industrial esteve ligado à atuação do seguinte brasileiro:
(A) Visconde de Mauá; (C) Visconde de Cairu;
(B) Visconde do Rio Branco; (D) Marquês do Paraná.
8)No Segundo Reinado, houve a alternância dos partidos Liberal e Conservador, que representam os mesmo quadros sociais, isto é:
(A) o operariado; (C) a classe média;
(B) a aristocracia rural; (D) os grandes mineradores.
9)O fim do regime Imperial do Brasil foi marcado por vários fatores. Um dos fatores que concorreu para a decadência do Reinado de D. Pedro II foi:
(A) Questão Religiosa; (C) Separação da Igreja do Estado
(B) Antecipação da Maioridade; (D) Revolução Liberal.
10) O fato político da nossa História, ocorrido no século XIX, que pode ser diretamente relacionado com a Abolição da Escravatura é a :
(A) deflagração da Guerra do Paraguai; (B) abdicação do Imperador Pedro II
(C) queda da monarquia brasileira; (D) demissão do Ministério João Alfredo
11)Faça a correspondência, corretamente, entre a revolta e sua característica:
(A) Cabanagem (B)Farroupilha (C) Sabinada (D) Balaiada
( )Aconteceu em Salvador motivada pelo descontente com a falta de autonomia da província.
( ) revolta popular contra a miséria no sertão maranhense
( ) Reivindicavam
maior proteção para o charque gaúcho, que sofria a
concorrência do Uruguai, Argentina e Paraguai.
12)Correlacione os fatos abaixo, ligados ao processo abolicionista:
(1) Lei Eusébio de Queiroz (1850) ( ) Extinguiu a escravidão no Brasil;
(2) Lei Rio Branco (1871) ( ) Libertou os escravos maiores de 65 anos;
(3 ) Lei Saraiva-Cotegipe (1885) ( ) Extinguiu o tráfico negreiro;
(4 ) Lei Áurea (13/maio/1888) ( ) Libertou os filhos de escravos, nascidos a partir da
data da lei.
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