domingo, 19 de maio de 2013

RESUMO DE AULAS DO 2º ANO DO ENSINO MÉDIO - 1º BIMESTRE


1. Introdução à Filosofia da Ciência


1.1. Dedução e Indução

A dedução é uma inferência em que se parte do universal para o particular. Ela é uma atividade lógica – racional (pensamento) e é somente ela que valida o conhecimento científico. A maior parte das pessoas partem do senso comum pensam que a ciência é validada pela experiência, mas é um engano terrível porque a ela é validada somente pela razão (dedução).
Por indução entende-se um método de pensamento em que se parte do particular para ouniversal. A indução está ligada a experiência (observação), a partir dela cria-se uma lei.

Observe os dois blocos de informações:

Bloco A

(1 Premissa) Todo cão voa.
(2 Premissa) Rex é um cão.
(Conclusão) Logo, Rex voa.
O bloco acima é um exemplo clássico de dedução válida, o que valida esta inferência é a estrutura em que se parte de uma ideia universal (todo) para uma ideia particular (Rex, que é um cão particular).

Bloco B
(1 Premissa) Alguns cães são raivosos.
(2 Premissa) Rex é um cão.
(Conclusão) Logo, todos os cães são raivosos.
O bloco B é uma indução em que os argumentos são incompletos, pois utilizam duas afirmações (premissas) particulares e tenta-se chegar a uma conclusão generalizada.


1.2. David Hume e conceito não crítico da ciência quando se usa a indução
O filósofo escocês David Hume nasceu em Edimburgo em 1711 e morreu no ano de 1776 na mesma cidade. Segundo o escocês as ideias nascem da experiência e a mente se constitui de percepções que se dividem em: impressões que são as percepções mais vivas (experiência) como ouvir, ver, tocar... e as ideias que são recordações percepções mais fracas (lembrar do gosto do chocolate, lembrar da dor que sentiu ao quebrar a perna).
Para Hume o problema maior da indução é formular teorias a partir de experiências (observação) ao se repetir as mesmas condições tenta-se prever um acontecimento.

1.2.1. A ciência versus a indução
A ciência é uma atividade racional (dedutiva, lógica), enquanto a indução parte exclusivamente da experiência, esta pode até parecer racional, mas não ela está envolvida com os sentidos.
Ex: Não é por que eu vejo o sol nascer todos os dias, ele terá que nascer amanhã. A natureza não se submete as experiências ou a razão humana.

1.2.2. Os problemas da indução
Ø A observação como fonte objetiva (será que vemos, sentimos, ouvimos da mesma maneira?).
Ø A relação entre teoria e experiência.


1.3. O falsificacionismo
Karl Popper(1902 – 1994) é um dos filósofos defensor desta teoria, atribuindo que o valor do conhecimento científico não vem da experiência, mas na possibilidade da teoria ser falseada (contrariada).
Para os falsificasionistas a teoria precede a experiência, por isso toda explicação é hipotética, mas é a melhor que temos para explicar tal fenômeno. Também segundo os filósofos que seguem esta corrente filosófica da ciência, a teoria deve ser falseada muitas vezes; quanto mais uma teoria pode ser falseada, melhor será. Ao ser contrariada (falseada) a teoria pode ser melhorada ou jogada fora.

1.3.1. Os critérios para uma boa teoria segundo o falsificacionismo
Para os falsificacionistas existem três critério que tornam uma teoria muito boa.

1. A teoria tem que ser clara e precisa; quanto mais específica melhor.
2. Deve permitir a falsificabilidade; quanto mais melhor.
3. Deve ser ousada, para permitir o progresso científico e um aprofundamento da realidade.

As teorias que não podem ser falseadas não são boas teorias, pois não contribuem em nada no processo científico. Por exemplo: o quadrado tem quatro lados iguais (esta teoria nada acrescenta de novo a ciência), seu eu contrariar dizendo que o quadrado não tem quatro lados iguais, não estaríamos falando de um quadrado, é impossível imaginar tal absurdo.


1.4. O progresso da ciência
Para os falsificacionistas a ciência progride pela tentativa de superar a teoria. Mas para o físico americano Thomas Kuhn a ciência é uma atividade racional e humana, por isto é perpassada pelos problemas relativos à dimensão humana.

1.4.1. Pensar a ciência com base a racionalidade e os problemas humanos
Segundo Kuhn a ciência pode ser refletida seguindo uma linha que mostra o processo do desenvolvimento científico: (1) pré – ciência, (2) ciência normal, (3) crise, (4) revolução científica e (5) nova ciência normal.
Para Thomas Kuhn o conceito principal é o de paradigma que é o modelo de ciência normal. Os cientistas orientam suas pesquisas nestes modelos para preservar a verdade científica e tudo o que não se encaixa neste paradigma é considerado anomalia.

Bibliografia: Caderno do Professor: Filosofia, Ensino Médio – 1ª Série, Volume 2. Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Adilton Luis Martins, Luiza Christov, Paulo Micelli, Renê José Trentin Silveira, - São Paulo; SEE, 2009.

2 comentários:

  1. Muito bom seu blog Verônica. Também tenho um blog de filosofia, gostaria que entrasse e desse uma opinião. Preciso de escritores de determinados filósofos. Obrigado, acesse: https://conhecerepensar.wordpress.com/

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  2. Nossa amei esses conteúdos de alto relevo no seu blog.

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