terça-feira, 21 de maio de 2013

3º Nível - BRASIL COLONIA II

BRASIL COLONIA II

A colonização de outras regiões da América portuguesa
 A colonização do Norte:
➔ Pouco interesse pela região até a ocupação francesa em 1612 (fundação de São Luiz; França Equinocial).
➔ Administração espanhola estabelece, em 1621, o Estado do Maranhão e Grão-Pará, dividido do Estado do Brasil.
➔ Economia do Norte: produtos da floresta, cacau, baunilha (drogas do sertão); mão de obra indígena.
➔ Conflito entre jesuítas e colonos.
A colonização do Sudeste e do Centro-Sul :
➔ Fundação da povoação de São Paulo em 1561; padres Nóbrega e Anchieta.
➔ Características: fraqueza da agricultura de exportação; forte presença de índios; colonos x missionários; escassez de moeda; influência indígena; criação de gado; cultivo de trigo.
➔ As Bandeiras: apresamento de índios e busca de metais preciosos; força militar: atacar quilombos; contribuíram para a interiorização da colônia; bandeirantes: idealizados pelos paulistas na primeira metade do séc. XX.

 Impactos da descoberta de ouro e diamantes : 1ª grande corrente migratória para o Brasil; deslocamento do eixo administrativo colonial do Nordeste para o Centro-Sul (capital transferida para o
Rio de Janeiro em 1763); fomento do comércio interprovincial; urbanização (Ouro Preto, Mariana, São João Del Rey); inflação dos preços na colônia.
 A Coroa e o controle das minas: esforço de regulamentação :
➔ Impostos: quinto e capitação.
➔ Casas de Fundição; Intendência das Minas → cobrar o “quinto”.
➔ Distrito Diamantino.
➔ Formas de extração do ouro: datas; lavras ou lavagens; faiscação.
 A sociedade das minas :
➔ Sociedade mais diversificada: mineradores, escravos, artesãos, burocratas, militares, padres, advogados, prostitutas, aventureiros. Pessoas com os interesses estritamente vinculados à Colônia.
➔ Irmandades religiosas.
➔ Expressões artísticas: barroco, arcadismo.
➔ Proliferação de quilombos.
➔ Apogeu do ouro: 1733-1748.
Com quem ficava o ouro das minas?
➔ Dependência econômica de Portugal em relação à Inglaterra (Tratado de Methuen, 1703). Ouro das minas: equilibrar a balança comercial negativa com a Inglaterra; gastos da Corte e com obras grandiosas; pirataria.
➔ Direta e indiretamente: para a Inglaterra. Guerra dos Emboabas (1709): paulistas x estrangeiros e baianos.

A Crise do Antigo Regime
 Novas ideias :
➔ Pensamento ilustrado: princípio da razão; direito natural, direito à insurreição; liberalismo (iniciativa individual, ideia de progresso, direito de representação, Constituição, defesa da propriedade, contra os privilégios de nascimento, meritocracia).
 Contexto internacional: 
➔ Independência dos EUA em 1776; Revolução Francesa em 1789; processo de industrialização na Inglaterra (incentivo ao “livre comércio” e combate às práticas mercantilistas).
➔ Simplificadamente: formação do capitalismo industrial e ascensão política da burguesia.

 Administração Pombalina (1750-1777):
➔ Esforço de tornar mais eficaz a administração portuguesa: combinava absolutismo ilustrado e tentativa de aplicação consequente das doutrinas mercantilistas.
➔ Criação de companhias privilegiadas de comércio.
➔ Incentivo à instalação de manufaturas.
➔ Expulsão dos jesuítas de Portugal e do Brasil (centralização administrativa da Coroa).
➔ Políticas de integração dos índios (escravidão índia extinta em 1757).
➔ Fronteira Sul: Guerras dos Guaranis, de 1754 a 1756; Colônia do Sacramento (1680); Tratado de Madri, 1750; Tratando de Santo Ildefonso, 1777.
➔ “Viradeira”: fim do época pombalina.

 Movimentos de Rebeldia : revoltas regionais e não nacionais!
 Inconfidência Mineira: fins do séc. XVIII → declínio econômico. Membros da elite mineira endividados com a Coroa.
➔ Novo governador Barbacena: derrama!
➔ Conspiradores: influência estadunidense (1776) e iluminista; proclamar uma República; escravidão:
pondo polêmico entre os inconfidentes.
➔ Conspiração debelada: banimentos e enforcamento de Tiradentes.
A transformação da figura de Tiradentes em herói nacional só ocorre após a proclamação
da República, em 1889.

Conjuração dos Alfaiates: Bahia, 1798, caráter popular, Cipriano Barata. Defesa da República, fim da escravidão. Duramente reprimidos. Influência da Rev. Francesa.

 Vinda da Família Real (1808) :
➔ Situação na Europa: invasões napoleônicas; bloqueio continental.
➔ Transferência da Corte para o Brasil sob proteção inglesa (1808).
➔ Abertura dos Portos: quebra do exclusivo colonial.
➔ Tratado de Navegação e Comércio com a Inglaterra, 1810: tarifas alfandegárias vantajosas para a
Inglaterra (leva à decadência dos comerciantes lusos da metrópole). Pressões inglesas pelo fim da
escravidão.
➔ Anexação da Província Cisplatina em 1821.
➔ A Corte no RJ: maior efervescência cultural, política e econômica.

 Revolução Pernambucana de 1817: motivações: desigualdades regionais e sentimento antilusitano. Proclamou-se a República, não se tocou na escravidão. Reprimidos após dois meses.

Independência
➔ Elevação do Brasil à condição de Reino Unido em 1815.
➔ Fator externo decisivo: Revolução Liberal de 1820.
➔ Comerciantes e militares portugueses descontentes com a permanência do rei no RJ; comerciantes metropolitanos em crise; excessiva subordinação à Inglaterra. Exigem a volta de Dom João VI e a instauração de uma Monarquia Constitucional. Convocam as Cortes para elaborar uma Constituição.
➔ As Cortes apresentavam uma intenção recolonizadora que desagradava aos deputados brasileiros, unindo-os.
➔ Facções políticas:
➔ “Partido” Português → manutenção dos laços com a metrópole, retorno do regime colonial.
➔ “Partido” Brasileiro → exportadores de produtos tropicais que desejavam comerciar diretamente com
os consumidores europeus.
➔ “Partido” Liberal-radical → republicanos; classe média urbana; forças mais populares.
➔ Dom João retorna a Portugal; o Príncipe Dom Pedro permanece no Brasil. Exige-se também seu retorno: Dia do Fico, janeiro de 1822. Novos despachos de Lisboa exigindo seu retorno: ruptura definitiva (“grito do Ipiranga”).

-A respeito da Independência do Brasil, é válido concluir que foi um arranjo político que preservou a monarquia como forma de governo.
-Estabelecimento de uma Monarquia centralizadora sem grandes transformações sociais, garantindo a
permanência da ordem escravista


                                                         
ATIVIDADES


01: A Revolta de Filipe dos Santos (1720), em Minas Gerais, resultou entre outros motivos da:
A - intromissão dos jesuítas no ativo comércio dos paulistas na região das Minas;
B - disseminação das ideias oriundas dos filósofos do Iluminismo francês;
C - criação das Casas de Fundição e das Moedas, a fim de controlar a produção aurífera;
D - tentativa de afirmação política dos portugueses sobre a nascente burguesia paulista;
E - tensão criada nas Minas, em virtude do monopólio da Companhia de Comércio do Maranhão.

02: Revolta ocorrida em território do atual Estado de Minas Gerais, envolvendo paulistas e forasteiros:
A - Guerra dos Mascates;
B - Revolta de Beckman;
C - Guerra Guaranítica;
D - Conjuração Baiana;
E - Conflito dos Emboabas.

03: Movimento subversivo em São Luís do Maranhão no século XVII contra a mudança da capital para Belém, contra o monopólio da Companhia de Comércio do Maranhão e contra os jesuítas. Estamos falando da:
A - Guerra dos Emboabas;
B - Guerra dos Mascates;
C - Conjuração de Nosso Pai;
D - Revolta de Beckman;
E - Conjuração dos Alfaiates

04: A Inconfidência Mineira (1789) é considerada como o início do processo de emancipação política do Brasil, e seu valor é inegável. No entanto, o projeto dos chamados “inconfidentes” apresentava limites, pois:
A - buscava o isolamento, rejeitando apoios externos;
B - ignorava a experiência republicana dos EUA;
C - não questionava a legitimidade do escravismo;
D - não questionava as bases do Pacto Colonial;
E - rejeitava os postulados político-filosóficos do Iluminismo.

05: Em 12 de agosto de 1798, manuscritos apareceram afixados nas paredes das casas, igrejas e lugares públicos da capital de uma capitania brasileira. O panfleto acima refere-se à:
A - Conjuração dos Suassunas;
B - Revolta de Beckman;
C - Revolta de Filipe dos Santos;
D - Confederação do Equador;
E - Conjuração dos Alfaiates.

06: (PUC-PR) A Conjuração Baiana (1798) diferenciou-se da Conjuração Mineira (1789), entre outros aspectos, porque aquela:
A - envolveu a alta burguesia da sociedade do Nordeste;
B - pretendia a revogação da política fiscal do Marquês de Pombal;
C - aglutinou a oficialidade brasileira insatisfeita com seu soldo;
D - teve um caráter popular, com preocupações sobretudo sociais;
E - ficou também conhecida como "revolta dos marinheiros".

07 -Não existiu dominação colonial sem resistência política, que formava a base para autonomia posterior dos povos colonizados. No Brasil, muitas rebeliões marcaram a luta contra Portugal. Uma delas, foi a Revolução de 1817, em Pernambuco, que: 
A - contou com a participação da elite, inclusive dos membros do clero da Igreja;
B - recebeu muita solidariedade das províncias vizinhas;
C - teve características semelhantes à Revolta dos Alfaiates na Bahia do século XVIII, libertando os escravos;
D - mostrou, em sua ideias, relações com o liberalismo europeu;
E - fracassou logo no início, embora seja muito exaltada pela historiografia.

8 -Sobre a vinda da Família real (a Coroa Portuguesa) para o Brasil, é correto afirmar que:
A -O bloqueio continental decretado por Napoleão Bonaparte foi a gota d´água para a mudança da sede da corte
B- Apesar da vinda da família real para o Brasil, o monopólio comercial de Portugal continuou.
C - A abertura dos portos brasileiros às nações amigas beneficiou principalmente à Inglaterra
D -A abertura dos portos beneficiou o desenvolvimento industrial do Brasil.

09A respeito da Independência do Brasil, é válido afirmar que:
a) foi um arranjo político que preservou a monarquia como forma de governo e também os privilégios da classe proprietária;
b) as camadas senhoriais, defensoras do liberalismo político, pretendiam não apenas a emancipação política, mas a alteração das estruturas econômicas;
c) foi um processo revolucionário, pois contou com intensa participação popular;
d) o liberalismo defendido pela aristocracia rural apoiava a emancipação dos escravos;
e) resultou do receio de D. Pedro I de perder o poder, aliado ao seu nacionalismo.
 
1-Responder, relacionando o nome dos movimentos sociais apresentados na coluna “A” com suas respectivas características, na coluna “B”: 
Coluna A
1 – Revolta de Beckman
2 – Guerra dos Emboabas
3 – Guerra dos Mascates
4 – Revolta de Filipe dos Santos
Coluna B
(   ) Luta dos comerciantes para elevar Recife à categoria de vila, em oposição aos produtores de açúcar de Olinda.
(   ) Movimento em oposição às casas de fundição, que haviam aumentado a exploração da Coroa sobre os mineiros.
(   ) Combate ao monopólio e aos altos preços praticados pela Companhia de Comércio do Maranhão, e também aos jesuítas, que queriam impedir os grandes proprietários de escravizar os indígenas.
(   ) Luta entre paulistas e forasteiros pelo domínio da região das Minas Gerais, reivindicada por aqueles. Levou à separação da região das minas da Capitania de São Paulo e à criação da Capitania de Minas Gerais.
A numeração correta dos parênteses, de cima para baixo, é:
A - 1 – 3 – 4 – 2
B - 1 – 2 – 4 – 3
C - 2 – 4 – 3 – 1
D - 3 – 4 – 1 – 2
E - 4 – 1 – 3 – 2


2 - Abaixo, na coluna da esquerda, são citadas seis revoltas ocorridas durante o período colonial brasileiro. Na coluna da direita, são apresentadas as motivações de quatro daquelas revoltas. Associe adequadamente a coluna da direita à da esquerda:
1 – Inconfidência Mineira
2 – Revolta de Beckman
3 – Guerra dos Emboabas
4 – Guerra dos Mascates
5 – Revolta de Filipe dos Santos
6 – Inconfidência Baiana
(  ) Insatisfação da comunidade mercantil recifense com o domínio político dos senhores de engenho olindenses.
(   ) Proibição da circulação de ouro em pó na região mineira e criação das Casas de Fundição.
(   ) Criação da Companhia Geral do Comércio do Maranhão e oposição dos jesuítas à utilização da mão-de-obra indígena pelos colonos.
(   ) Insatisfação dos colonos com a tentativa de monopolização das minas auríferas pelos paulistas.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
A - 4 – 5 – 2 – 3.
B - 1 – 2 – 3 – 6.
C - 5 – 1 – 2 – 4.
D - 3 – 2 – 6 – 5.
E - 4 – 1 – 3 – 6.




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